Rio Grande da Serra tem a pior cobertura vacinal da região, com apenas 21% do público-alvo vacinado; vacina já está liberada para toda a população a partir dos 6 meses.
Ribeirão Pires monitora 17 casos respiratórios; vacinação pode evitar complicações. Foto: Divulgação\PMETRP
As cidades de Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra enfrentam índices preocupantes de vacinação contra a gripe. A baixa cobertura entre o público prioritário pode agravar o cenário de doenças respiratórias nos próximos meses, especialmente com a chegada do inverno.
Em Rio Grande da Serra, dos 16.328 moradores que integram o grupo prioritário, apenas 3.486 foram imunizados, o que representa uma cobertura de 21,34%, a mais baixa da região. Apesar disso, até o momento, nenhum caso de gripe foi oficialmente registrado na cidade. A vacina está disponível em todas as unidades de saúde do município.
Já em Ribeirão Pires, estima-se que cerca de 30 mil pessoas fazem parte do grupo prioritário. Até agora, mais de 14 mil doses foram aplicadas, totalizando 46,6% de cobertura vacinal. Atualmente, o município monitora 17 casos de síndrome respiratória, o que reforça a importância da vacinação como medida de proteção.
A boa notícia é que, desde a liberação do Ministério da Saúde, a vacina contra a gripe está disponível para toda a população a partir dos 6 meses de idade, e não apenas para os grupos prioritários. A ampliação da oferta busca aumentar a cobertura e frear a circulação do vírus.
Para o Repórter Diário Cristina Vidal, gestora do curso de Farmácia da USCS (Universidade de São Caetano do Sul), a imunização é essencial para prevenir casos graves. “É fundamental que o maior número possível de pessoas se vacine, principalmente no outono e inverno, quando aumentam as doenças respiratórias. A vacina reduz hospitalizações e protege os mais vulneráveis”, afirma.
Quem faz parte do grupo prioritário?
Embora a vacinação esteja aberta para todos, os grupos mais vulneráveis são:
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Crianças a partir de 6 meses e até 5 anos (em alguns casos, até 12 anos)
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Idosos com 60 anos ou mais
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Gestantes e puérperas
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Profissionais da saúde
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Pessoas com comorbidades ou imunossuprimidas (como pacientes com HIV, câncer, em uso de corticoides ou quimioterapia)
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Moradores de instituições de longa permanência, presídios e trabalhadores da educação
Além da vacinação, medidas como manter ambientes ventilados, lavar as mãos frequentemente, manter alimentação saudável e boa hidratação também ajudam na prevenção, especialmente durante o frio.
Cristina ressalta que a conscientização é essencial: “Campanhas informativas das secretarias de saúde, unidades básicas, farmácias e imprensa são fundamentais para ampliar a adesão. A gripe pode parecer simples, mas em grupos de risco pode ser fatal”, conclui.