Prefeitura fecha contrato de R$ 5 milhões com empresa para instalação de radares

Contrato milionário prevê instalação de radares, câmeras e sistemas de controle viário, sistema de gestão de autos de infração de trânsito, entre outros por até 10 anos

As informações estão disponíveis no site no Portal da Transparência da Prefeitura de Ribeirão Pires.

A Prefeitura de Ribeirão Pires firmou um contrato milionário com a empresa Datacity Serviços, sediada em Suzano, especializada em gestão eletrônica de trânsito. O acordo, assinado em 7 de fevereiro de 2025, estabelece a locação de equipamentos e sistemas de monitoramento e controle viário no valor total de R$ 5.094.988,44.

Com prazo inicial de 12 meses, o contrato possui cláusula que permite prorrogação por períodos sucessivos até atingir o limite legal de 10 anos. A contratação inclui desde talonários eletrônicos de multa até câmeras de monitoramento e sistemas completos de fiscalização automatizada.

Entre os serviços contratados estão:

  • Locação de 15 controladores de velocidade eletrônicos, redutores, câmeras fixas e móveis (PTZ HD), sistemas de leitura de placas e transmissão de dados;

  • Sistema de gestão de autos de infração de trânsito, com custo mensal de R$ 60.034,00;

  • Manutenção e gestão do Centro de Operações Integradas (COI), que centraliza as imagens e dados da fiscalização no município.

Com a execução do contrato, a cidade já conta com 15 radares ativos, devidamente homologados pelo Inmetro, conforme portarias nº 293/2021 e nº 78/2022. Outros dispositivos estão em processo de instalação, como os dois novos radares que começaram a ser colocados esta semana na Rodovia Índio Tibiriçá, em Ouro Fino.

A ampliação do sistema, porém, tem gerado críticas entre moradores e motoristas, que reclamam da falta de aviso prévio por parte da Prefeitura sobre a instalação dos equipamentos. Internautas têm classificado o programa de fiscalização como uma “fábrica de fazer dinheiro” e uma “máquina de caça-níquel”. Além disso, muitos apontam a falta de manutenção nas vias, afirmando que “nem precisa de radar, as ruas estão cheias de buracos”, e questionam se o contrato realmente atende aos interesses da população.

Por lei, a arrecadação com multas de trânsito deve ser destinada à engenharia de tráfego, sinalização, fiscalização e educação no trânsito, com 5% do total enviado ao Funset, fundo nacional de segurança viária.

Radar sendo colocado na Av. Francisco Monteiro. Foto: DiárioRP