Corpo encontrado na represa de Ribeirão Pires é de Kaique Ferrarezi

Corpo foi localizado no fim da tarde de quarta-feira (12), na represa próxima à ponte da Light, vítima estava amarrada e amordaçada.

Kaique Ferrarezi é encontrado morto,  estava desaparecido desde domingo (8). foto: Reprodução\Redes Sociais.

O corpo encontrado no fim da tarde desta quarta-feira (12) na represa de Ribeirão Pires, nas proximidades da Ponte da Light, foi identificado como sendo de Kaique Ferrarezi Simões, de 30 anos, desaparecido desde o último domingo (8). A vítima estava com o corpo amarrado e amordaçado, indicando sinais de violência.

Caso está sob investigação pela Polícia Civil de Mauá. Foto: Diário de Ribeirão Pires

Kaique havia sido visto pela última vez no saguão do Hotel Xangai, localizado no Centro de Mauá, quando foi forçado a entrar em um carro por um casal. Toda a ação foi registrada por câmeras de segurança do estabelecimento. O desaparecimento mobilizou familiares e moradores da cidade.

De acordo com o Boletim de Ocorrência, Kaique havia deixado a residência que dividia com a companheira por determinação judicial, sendo alvo de medida protetiva com base na Lei Maria da Penha, tramitando na Delegacia de Defesa da Mulher de Mauá. Desde a saída, estava hospedado no hotel, na Rua Ione, bairro Vila Bocaina.

Na manhã de domingo (8), por volta das 9h, ele foi abordado por um homem aparentemente armado com uma barra de ferro, acompanhado de uma mulher. O casal obrigou Kaique a entrar em um veículo GM/Celta. Desde então, ele não respondeu mais às mensagens de familiares. O boletim de desaparecimento foi registrado na terça-feira (10), pela mãe e o irmão da vítima.

As imagens de segurança e as primeiras investigações levaram à identificação dos suspeitos: Renato do Nascimento Meira, 40 anos, e Shirley Moratto Garcia, 40. Shirley se apresentou à polícia e confessou que, junto com Renato, abordou Kaique alegando que ele possuía uma dívida com ela e que pretendiam apenas pressioná-lo para pagar.

Ainda segundo o relato de Shirley, após entrar no carro, Kaique teria iniciado uma luta corporal com Renato e conseguido fugir do veículo ainda em movimento. Mesmo assim, ela foi presa em flagrante sob acusação de sequestro e cárcere privado, mas foi liberada após audiência de custódia, onde a Justiça determinou medidas cautelares. A decisão considerou sua condição de ré primária, a colaboração voluntária com as investigações e o fato de ela ser cuidadora de um filho com deficiência.

Renato do Nascimento Meira, acusado de executar a abordagem armada, não foi localizado até o momento e segue sendo procurado pelas autoridades. Ele é citado no inquérito como averiguado.

A Delegacia Sede de Mauá conduz as investigações.